"CHIQUE É CRER EM DEUS"

Investir em conhecimento pode nos tornar sábios... Mas, Amor e Fé nos  tornam humanos!

Coisas que todos os catequistas novatos deveriam saber

Catequese é algo fundamental para a Igreja e não se pode improvisar. Por isso, aqui vão algumas coisas básicas que você não pode esquecer.

O catecismo responde.

Respostas sobre dúvidas sonbre o Sacramento do Batismo

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Especial sobre Quaresma

Encontre aqui tudo que já publicamos sobre esse tempo.

domingo, 31 de agosto de 2014

MENSAGEM PARA O “DIA DO CATEQUISTA”

Queridas catequistas!
            Queridos catequistas!

            O Documento 100 da CNBB: "Comunidades de comunidades: uma nova paróquia - a conversão pastoral da paróquia", aposta plenamente na INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ através de uma CATEQUESE COM INSPIRAÇÃO CATECUMENAL. Os números 268 e 269 afirmam com todas as letras: "Para que as comunidades sejam renovadas, devem ser casa de iniciação à vida cristã, onde a catequese há de ser uma prioridade. Nesse sentido, padres, catequistas e a própria comunidade precisam de uma conversão pastoral para rever a catequese de adultos, jovens, adolescentes e crianças".
            Em outras palavras, a Igreja no Brasil coloca toda a sua confiança no trabalho gratuito, abnegado e corajoso dos milhares de catequistas comprometidas e comprometidos em vista de uma “nova paróquia”, e, consequentemente, novas “igrejas particulares” e nova “igreja universal”, elas sendo anúncios da “alegria do evangelho” (Papa Francisco). A revitalização das comunidades cristãs conta com todos nós catequistas! E como pode contar, graças a Deus!
            Por tudo isso, queridas e queridos catequistas espalhadas espalhados por este nosso imenso território brasileiro, a Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-catequética da CNBB, por ocasião do “Dia do Catequista”, dentro do Mês Vocacional, quer expressar-lhes os sinceros PARABÉNS e dizer-lhes mais uma vez MUITO OBRIGADO.
            Que Nossa Senhora Aparecida, Mãe da Igreja, Estrela da Evangelização, Catequista Maior, interceda junto a Deus Trindade por cada uma e cada um de vocês, queridas e queridos catequistas.

Dom Jacinto Bergmann,
Arcebispo de Pelotas
e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral

para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

COERENTES COMO JESUS…

Quando Jesus propôs aos discípulos que o “sim” deles fosse “sim” e o “não” fosse “não” propôs uma das virtudes mais difíceis da vida. É que ela engloba muitas outras. O mero fato de alguém se apresentar como pessoa coerente, ou coerente para consigo mesma, já demonstra sua incoerência. Coerência supõe humildade…Está longe de agir como co-herdeiro aquele que caminha junto, mas cortejando os primeiros lugares.
Dentre as muitas que se supõe vividas por um cristão, três virtudes traduzem o caminhar sereno de quem optou por Jesus: adesão (ad-haerens) inserção (in-haerens) coerência ( co-haerens). Herda um caminho e o assume, mergulha fundo no projeto assumido, entende que o projeto é de todos e é também seu. Os católicos repetem a cada missa este chamado: por Cristo,em Cristo, com Cristo; por nele, nele e com ele; vosso reino que também é nosso. As orações da missa trazem implícitas a promessa de coerência. O Pai Nosso ,no “Assim como nós perdoamos”outra vez aponta para a coerência.
Coerência supõe santidade e maturidade, valores que não caem do céu nem acontecem no estalar de alguns dedos. São conquistas lentas. Coerente foi Pedro quando se arrependeu, incoerente foi Judas quando não aceitou o perdão de Jesus e se matou. Não quis seguir como perdoado. Coerente foi Francisco de Assis quando, aos 26 anos, tendo descoberto a pérola que buscava, aderiu, inseriu-se e prosseguiu no caminho da simplicidade e da pobreza solidária. Aos 42 anos sua coerência fora suficientemente testada. Morreu aclamado como santo, e era: não se desviara mais do caminho.
Mostramos nossa incoerência quando juramos e não cumprimos, prometemos e não assumimos, quando vamos embora de companheiros, familiares e igrejas ou grupos, se ir embora se nos afigura mais vantajoso; quando escolhemos a nós mesmos e o nosso projeto porque o outro ficou difícil; quando não levamos em consideração o sentimento dos outros; quando insistimos que tem que ser somente do nosso jeito; quando fugimos da dificuldade; quando erramos, mas damos um jeito de por a culpa nos outros; quando achamos sempre uma desculpa para nossos desvios e nos mostramos inclementes contra os erros dos outros; quando escondemos a enorme farpa no nosso olho e achamos horrível o cisco no olho alheio…
O leitor que me segue experimente ler o Novo Testamento sob esta ótica do “disse e fez, prometeu e cumpriu, jurou e não voltou atrás”. Verá por que razão Jesus desafiou os seus acusadores e mostrar qualquer incoerência nele. Coerência é pilar de santidade! Costuma doer, mas cria solidez!

Pe Zezinho

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

LEMBRA COMO ERA A PEDAGOGIA DE JESUS?



Consegue identificar essa cena do evangelho?

Jesus sempre partia da situação de vida do povo e ajudava as pessoas a encontrar Deus e o seu reino no concreto das suas vidas. Temos inúmeros exemplos nos evangelhos, como a samaritana, o cego de nascença, Zaqueu... Assim Jesus conseguia colocar Deus e a humanidade numa profunda relação.

Essa atitude de Jesus se torna a primeira exigência da catequese, até hoje. Partir da vida, ser fiel ao ser humano e ajudar a descobrir os valores do Reino, o rosto de Deus. Aí está a dupla fidelidade que a catequese é chamada a viver, a Deus e ao ser humano, como nos lembra o documento Catechesi Tradendae. “Em qualquer hipótese, importa que o método escolhido se atenha acima de tudo a uma lei fundamental para toda a vida da Igreja: a lei da fidelidade a Deus e da fidelidade ao homem, numa única atitude de amor”. CT 55

Partindo desse princípio, não somos chamados a olhar essas duas realidades  separadas ou distintas, mas sim como uma única atitude espiritual, que nos leva a falar de Deus sem esquecer o ser humano. A falar de Deus como Jesus, a partir da realidade humana.

É isso que o próprio Deus nos ensina pela encarnação do seu filho Jesus. Para se revelar entra na história como homem, permitindo que o ser humano acolha a revelação na sua própria realidade humana.

E nós, será que estamos sendo fiel a essa dupla fidelidade ou estamos separando a mensagem evangélica da nossa história?

Para continuarmos nessa fidelidade precisamos dar atenção a psicologia dentro da catequese. Por isso, nos próximos artigos estudaremos as fases da vida de cada ser humano, com as suas características e os seus próprios questionamentos, sejam eles existenciais ou de fé. Assim estaremos ajudando as crianças, jovens e adultos a descobrir a sua sede de Deus e trilhar o seu caminho humano - espiritual, na certeza de que Deus sempre faz história conosco e permite que façamos história com Ele.

Fico feliz de partilhar um pouco dos meus conhecimentos com vocês, ao mesmo tempo desejo que interajam comigo, fazendo as suas perguntas, dando sugestões, partilhando experiências. Assim estaremos aprendendo juntos a dinâmica da vida e da catequese.


                                                           Irmã Sandra




A Irmã Sandra da Conceição Santos é da Congregação Irmãs de Santa Maria de Namur – ISM e é coordenadora diocesana de catequese em Estância-SE. Ela é Graduada em Letras-Português; Pós-graduada em Psicologia da Infância e em Libras. Curso de Extensão em Teologia; Escola de Formadores; Curso de Acompanhamento Espiritual, Ela participa da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe em Estância-SE.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

A PEDAGOGIA DA INSISTÊNCIA

O episódio de Abraão a debater com Deus, ( Gn 18,20 -33; 19,1-26) da mulher cananéia a
discutir com Jesus, (Mt 15,22-28) mais o Pai Nosso, como está descrito em Lucas 11,1-13, levam-nos á pedagogia da oração insistente, quase teimosa…
Abraão tentou levar Deus na conversa, perguntando se ele, o bom Deus puniria duas cidades com 50, com 40, com 30, com 20, com 10 justos… Deus foi dizendo que perdoaria, se houvesse tantos justos nas duas cidades. Mas não havia. Destruiu-as… Há pedagogia nesta narração. A mulher cananéia pediu insistentemente pela filha. Conseguiu. Jesus a atendeu. No Pai-Nosso, descrito por Lucas Jesus deixa claro que a oração insistente produz resultado. Os humanos atendem para se ver livres da insistência de quem pede, mas Deus o faz porque ama e porque a pessoa que insiste no bem, amadurece.
Há pedagogia nestes textos. O ato de persistir revela fé e esperança. Deus pode, Deus quer, Deus ouve! Por isso não faz sentido alguém orar a Deus para que ele possa curar alguém!…Ouve-se muito isso no rádio e nos templos: Que Deus possa te abençoar! Alguém duvida disso? Dar, de um jeito ou de outro ele dá, mas muito depende de quem recebe ou pede. Cabe a quem ora persistir no seu pedido, porque Deus tem o poder, mas nós só temos o pedir. O pedir, porém, embora não seja poder, tem lá o seu poder. Há poder na concessão e há um certo poder na oração. O livro do Gênesis, e os evangelhos de Lucas e Mateus afirmam isto. Conceder e conseguir são dois verbos que caminham juntos.
Não é, pois, questão de orar, estalar os dedos e magicamente conseguir tudo que se pede. É questão de persistir e saber que Deus ouve e se importa, mas a hora e a graça serão decisões dele. Que Deus não fica indiferente, não fica! Mas faz bem ao crente insistir. É sinal de esperança!
Na pedagogia de todas as igrejas cristãs, o tema insistência ganha foro de teologia, à medida que se adentra o mistério da liberdade humana, da consciência que o fiel tem de si mesmo e de Deus na sua vida. A mulher Cananéia tinha um grande amor pela filha e uma grande confiança em Jesus. Dizia o que sentia e enfrentou Jesus como quem confiava nele. Não foi desrespeito, nem dela, nem de Jesus. A expressão “cachorrinhos” não foi para ofender. Era um provérbio daqueles dias. Significava que não se deveria desperdiçar favores. Ela provou que com ela não seria desperdício.
Há poder transformador na oração. A primeira das transformações acontece no coração de quem ora! É um ato de fé. Nasce do pedir, do poder e do esperar no todo-poderoso que é, também, misericordioso!

Pe Zezinho

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

A VELA , A ESPIRITUALIDADE E O CATEQUISTA.

Excepcional para nós iniciar essa troca de ideias e experiências sobre espiritualidade. Desde
que nos entendemos por catequistas passamos a compreendê-la na prática pastoral como pressuposto inafastável à verdadeira transmissão da fé e à própria fé em si mesma. Uma singela compreensão do que vem a ser a espiritualidade, sua relação com a vida cristã e com a transmissão da fé nos permitirá compreender melhor o que aqui se afirma, é o que passamos a fazer.
Optamos por tentar esclarecer esses conceitos por meio de uma singela alegoria com um elemento muito usual, tanto nas práticas espirituais e litúrgicas de nossa fé, quanto em nossos encontros de catequese: A vela.

1.      A vela: a parafina, o calor e o fogo.
Quantas vezes já observamos com cuidado uma vela? De várias cores, tamanhos, formatos... As de nosso tempo em regra são muito simples, formadas basicamente por um pedaço maciço de parafina (em regra em formato cilíndrico) onde se encontra um pavio, esse geralmente de algodão.
Mas a vela não se realiza (enquanto vela) se não chega a ser acesa. Apenas exerce o papel para o qual foi criada no momento que, em contato com uma fonte de calor, tem acessa sua chama.
E o que é preciso para que uma vela seja acesa? Recordando um pouco as aulas primárias de ciências nos damos conta de que são necessárias 3 (três) coisas para que haja fogo: um combustível, um comburente e uma fonte de calor;
Em nosso exemplo, e no momento que acendemos uma vela, a parafina será o combustível; o oxigênio à volta da vela será o comburente e chama que utilizamos para acendê-la será a fonte de calor. A ausência de qualquer um desses elementos não permitirá que haja o fogo.
Mas onde entra a espiritualidade?

2.      A espiritualidade: Um eu, um Deus e um outro.
Após nossa pequena revisão de ciências podemos continuar, com facilidade, nossa alegoria. Assim é que somos todos como velas, algumas maiores outras menores, de vários materiais e de várias cores, mas somos todos velas.
2.1.   Um eu
Alguns somos velas apagadas, outros temos chamas pequenas (por estarmos com nosso pavio muito curto ou embebido em nossa própria parafina) e outros, por fim, temos chamas fortes e brilhantes. Essa chama... esse fogo... é, em nossa alegoria, o que entendemos por espiritualidade.
A espiritualidade é como uma chama que nos permite ver com outro olhar o mundo à nossa volta, ver detalhes, ver outras perspectivas, sair da escuridão. É ainda uma chama que nos protege, nos aquece e nos permite exercer o papel para o qual fomos criados.
2.2.   Um Deus
Mas na medida de que todos somos velas para que nos acendamos não basta a nossa parafina, precisamos de mais. Em nossa alegoria a nossa fonte de calor é o próprio Deus. Sem termos um verdadeiro encontro com Deus não é possível falar na verdadeira espiritualidade cristã, não será possível falar em fogo. A espiritualidade pressupõe o encontro pessoal, quem está distante da fonte de calor não pode ter sua chama acesa.
2.3.   Um outro
Mas ainda faltará outro elemento para que nossa alegoria reste completa, o que em nossa vela foi o oxigênio à sua volta, em nosso caso são os outros irmãos. É um erro pensar na espiritualidade como uma relação apenas entre um Eu e um Deus sem a presença de um outro. Esse risco é muito presente em nossos dias.
Quem nos alerta nesse sentido é o próprio Papa Francisco em sua mais recente exortação apostólica Evangelii Gaudium ao afirmar “Quando a vida interior se fecha nos próprios interesses, deixa de haver espaço para os outros, já não entram os pobres, já não se ouve a voz de Deus, já não se goza da doce alegria do seu amor, nem fervilha o entusiasmo de fazer o bem.”(Francisco, Exort. Ap. Evangelii Gaudium. 24/11/2013, 2).
Isso também acontece muito na prática de nossa alegoria. Quantas vezes não precisamos limpar a própria parafina que acabou por esconder o pavio e impedi-lo de receber ou transmitir qualquer calor?
Assim, também sem o outro, não há espiritualidade do mesmo modo que sem o oxigênio não haverá chama.

3.      O catequista: um possuir a vela acesa, um manter-se com a vela acesa e um acender a vela do outro
E como esta dinâmica se concretiza na vocação do catequista?
3.1.   Um possuir a vela acesa
A pessoa do catequista necessariamente deve possuir sua vela acesa, não é possível acender a vela alheia se a própria vela se encontra apagada. Se um catequista não cultiva sua espiritualidade pode ser tudo menos catequista. Assim é que no ser do catequista é pressuposta uma vela acesa.
3.2.   Um manter-se com a vela acesa
Mas o catequista, também por seu papel na missão evangelizadora da Igreja, se submete a uma maior exigência em sua relação com Deus. Novamente com o Para Francisco é possível dizer : “O coração do catequista vive sempre esse movimento de “sístole – diástole”: união com Jesus, encontro com o outro. Sístole – diástole”. (Francisco, Discurso aos catequistas. 27/09/2013).
Assim, o catequista precisa manter-se com a vela acesa e para isso é preciso estar cotidianamente em intimidade com Deus. No contrário corre-se o risco de ter enfraquecida sua chama.
3.3.   Um aceder a vela do outro

Como uma vela que se acende e um cristão que cultiva sua espiritualidade, um catequista só encontra sua razão de ser no acender a vela do outro, no transmitir a espiritualidade e a própria fé. Essa transmissão exigirá: uma vela acesa, um contato permanente com Deus e um consumir-se para transmitir o maior dom que possui. Essa é a essência da espiritualidade do catequista.


Matheus Souza Galdino é catequista e Assessor em Formação de Catequistas na Arquidiocese de São Salvador. É bacharel em Direito – Advogado e faz extensão na Escola Bíblico-Catequética Dom Jairo. Já a Crisley Souza Santos Silva Galdino é também catequista e assessora em Formação de Catequistas na Arquidiocese de São Salvador. Ela é licenciada em matemática e faz extensão na Escola Bíblico-Catequética Dom Jairo. Ambos são membros da coordenação da Escola Bíblico-Catequética do Regional Nordeste 3 e participam da Paróquia São João Evangelista (Mussurunga), na cidade de Salvador – Bahia.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Nós somos ‘N’, somos de Jesus o Nazareno

"N" ou ن em Árabe, é o símbolo usado pelo Estado Islâmico para identificar quem é um Nazareno – um cristão.

Nós somos ‘N’, somos de Jesus o Nazareno
Tem sido desenhado em portas e na frente de casas em cidades iraquianas capturadas, ajudando militantes do partido a rapidamente identificar onde a lealdade dos habitantes da casa realmente está. No Estado ou no "Nazareno".
De acordo com a Middle East Concern, uma associação de agências de direitos cristãos, com operações no Oriente Médio, os veículos passaram por Mosul com alto-falantes, anunciando que todos os cristãos tinham até meio-dia de sexta-feira para deixar a cidade "ou serão executados à espada".
No início dessa semana, todas as casas pertencentes a membros de comunidades minoritárias, incluindo os cristãos, foram pixadas com a frase "propriedade do Estado islâmico." Desde o edital de 18 de julho, a maioria dos cristãos já fugiu de Mosul para o Curdistão, país vizinho. A agência de notícias AFP noticiou "Pela primeira vez na história do Iraque, Mosul está agora vazia de cristãos".
Os cristãos tiveram de deixar tudo para trás (carros, ouro, dinheiro, telefones celulares). Só lhes foi permitido manter suas roupas. Eles foram forçados a fugir para lugares mais seguros, caminhando debaixo do sol escaldante. Segundo informação da World Watch Monitor em Erbil, capital da região do Curdistão, uma família cristã em Mosul informou por telefone que as explosões foram ouvidas na quinta-feira, julho 17. Na sexta-feira, quando a família tentou fugir, foi obrigada a sair para fora de seu carro, teve seus pertences confiscados e foi obrigada a prosseguir a sua viagem a pé.
A Portas Abertas tem apoiado e socorrido os cristãos refugiados. Rostos desesperados de homens idosos e mães que vieram para coletar sua comida é o cenário mais triste visto nos últimos dias.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Ecumenismo: cristãos em busca da unidade

O ecumenismo é um dos temas em que muitos cristãos, sejam eles católicos ou de outras denominações cristãs, lançam um olhar desconfiado. Esse olhar é fruto da incompreensão do que seja verdadeiramente ecumenismo. Ecumenismo é muitas vezes compreendido como proselitismo, perda de identidade, farsa ou pretexto para enganar. Tudo isso é consequência da ausência de boa catequese acerca do assunto. 
Um dos principais objetivos do Concílio Vaticano II foi à busca da unidade dos cristãos. A partir do Concílio, as relações fraternas com as Igrejas e Comunidades Eclesiais que não estão em plena comunhão com a Igreja Católica, tornaram-se cada vez mais intensas. Multiplicaram-se os diálogos teológicos e floresceram documentos exortando todo o povo cristão a aderir ao diálogo ecumênico.
Mas afinal, o que é o diálogo ecumênico? De um modo simples podemos afirmar que o diálogo ecumênico é um caminho que os cristãos estão fazendo em busca da unidade desejada por Jesus: “Que todos sejam um para que o mundo creia” (Jo 17,21). O diálogo ecumênico exige de cada cristão a capacidade de escutar e responder. Exige estar disposto a apresentar questões, e por sua vez, de ser questionado. Tudo feito num mútuo respeito. “Cada um dos interlocutores deve estar pronto a clarificar sempre mais e a modificar os pontos de vista pessoais e as formas de viver e agir, deixando-se guiar pelo amor autêntico da verdade” (Diretório Ecumênico nº 172).
Todos os fiéis católicos são chamados a orar e a trabalhar pela unidade dos cristãos, sob a direção de seus pastores, ou seja, os Bispos. Os Bispos “são responsáveis, individualmente perante a sua própria diocese e colegialmente perante toda Igreja sob a autoridade da Santa Sé, pela linha de ação e pela prática do ecumenismo” (Diretório Ecumênico nº11).
A atividade ecumênica na Igreja Católica, deve sempre ter em vista a observância e o respeito da unidade de fé e de disciplina que une os católicos. Em nossa época é perceptível uma crescente confusão doutrinal. É importante no campo do ecumenismo evitar todo tipo de abuso que possa gerar confusão ou indiferentismo doutrinal. A não observância das orientações da Igreja nesta matéria ocasiona um obstáculo ao desenvolvimento de uma verdadeira busca de unidade entre cristãos.
Os católicos promoverão a unidade, desejada por seu Divino Salvador, de forma equilibrada e coerente, segundo os princípios estabelecidos no Concílio Vaticano II, expostos no decreto sobre o ecumenismo Unitatis Redintegratio.
As divisões constituem um verdadeiro escândalo. Disso deveríamos nos envergonhar.  O Santo Padre Francisco na sua exortação apostólica Evangelli Gaudium, n° 244, afirma que “a credibilidade do anúncio cristão seria muito maior, se os cristãos superassem as suas divisões”. Nesse processo, nós catequistas, como porta-vozes do Cristo, exercemos uma missão importante junto aos nossos catequizandos, sejam crianças, adolescentes, jovens ou adultos: introduzi-los numa vida de verdadeira comunhão entre os irmãos da nossa confissão de fé com os outros irmãos no Senhor pertencentes as demais Igrejas e Comunidades Eclesiais cristãs.   

Portanto, todos nós cristãos somos convidados a viver o amor, de modo que esse amor seja capaz de ultrapassar aquilo que nos separa. Devemos nos empenhar nessa missão. A nossa atuação deve ser feita com fé, esperança, caridade, na oração e no trabalho contínuo. É desejo de Deus que essa comunhão se torne cada vez mais visível e perfeita.  Que possamos afirmar com Pedro: “Em atenção a sua Palavra lançaremos as redes” (Lc 5,5).


Carlos Henrique Santos, é colaborador da Catequese Arquidiocesana de Aracaju e membro da coordenação da Escola Bíblico-Catequética do Regional Nordeste 3 . É licenciado em Filosofia; Bacharel em Teologia e pós-graduando em Filosofia e Ética. Atualmente é Diacono na Arquidiocese de Aracaju.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

6 de agosto: jornada de oração pela paz no Iraque

Convite é da Ajuda à Igreja que Sofre e do patriarca caldeu, que pede "a união de corações e de vozes diante do Senhor"










No próximo dia 6 de agosto, Festa da Transfiguração, a Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) promove uma jornada de oração pela paz no Iraque. O convite é feito pela AIS em conjunto com o patriarca caldeu Raphael Louis Sako, que escreveu a oração de invocação da paz. "Com os cristãos iraquianos, me uno aos que estenderão as mãos ao Senhor invocando a paz no Iraque. Unimos nossos corações e nossas vozes diante do Senhor".
Como explica o presidente executivo internacional da AIS, Johannes Heeremann, a iniciativa foi inspirada pelo apelo do papa Francisco no ângelus de domingo passado. "As palavras do Santo Padre nos fizeram convidar os fiéis de todas as religiões à oração, em particular as comunidades muçulmanas tão machucadas pela violência. No meio de tanto sofrimento, nós temos que nos unir aos nossos irmãos que sofrem e mostrar que não os abandonamos".
No mês passado, a Ajuda à Igreja que Sofre doou 100 mil euros à arquidiocese caldeia de Mossul para ajudar os refugiados e continua captando fundos para apoiar a Igreja iraquiana. Como em outras ocasiões, a fundação pontifícia combina o apoio econômico e as orações pela Igreja perseguida no mundo. Recentemente, a AIS lançou outras iniciativas similares em prol da Igreja e das populações em dificuldade na República Democrática do Congo, na Síria e na República Centro-Africana.
“A fraternidade e a solidariedade são o que a nossa atormentada nação precisa neste momento”, afirma o patriarca Sako. “Para milhares de pessoas inocentes, a crise que estamos atravessando significa uma grande dor, um profundo sofrimento e privações imponderáveis”.
O prelado iraquiano enfatiza a relevância do dia escolhido para a oração pela paz: a Festa da Transfiguração. "É o dia da transformação dos corações e das mentes no encontro com a luz de Deus que se emite sobre toda a humanidade. Que a luz do Tabor, através da nossa proximidade, possa encher de amor e de esperança os corações daqueles que sofrem. Que a mensagem do Tabor, através das nossas orações, possa inspirar os líderes deste país a sacrificar os interesses pessoais em virtude do bem comum".

Fonte: Zenit

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O Papa Francisco pede paz para a Faixa de Gaza


Após a oração mariana do Angelus, diante de milhares de pessoas reunidas na Praça São Pedro em Roma, o papa Francisco – recordando que as crianças são as maiores vítimas das guerras – lançou um veemente apelo pelo fim dos conflitos: “Parem!” O Pontífice reiterou o pedido para se rezar pela paz e que as negociações e o diálogo tenham precedência sobre o conflito.

O Santo Padre iniciou sua mensagem recordando que nesta segunda-feira, 28, – dia de luto – recorre o centenário do início da Primeira Guerra Mundial, um conflito definido por Bento XVI como “tragédia inútil”, pelas milhares de vítimas e grande destruição que provocou. E desejou que se aprenda com a história para não se repetir os erros do passado.


Francisco

O Oriente Médio, o Iraque e a Ucrânia, foram as três “zonas de crise” que receberam a atenção do Pontífice, mais uma vez, neste domingo, que reiterou o pedido de orações e a precedência do diálogo e da negociação sobre os conflitos:
“Em particular, o meu pensamento se dirige a três zonas de crise: a médio oriental, a iraquiana e a ucraniana. Vos peço para que continuem a se unir à minha oração para que o Senhor conceda às populações e às autoridades daquelas áreas a sabedoria e a força necessária para levar em frente, com determinação, o caminho da paz, enfrentando cada disputa com a firmeza do diálogo e da negociação e com a força da reconciliação. Que no centro de cada decisão não sejam colocados os interesses particulares, mas o bem comum e o respeito por cada pessoa”.
Ao recordar que tudo se perde com a guerra e nada se perde com a paz, Francisco voltou seu olhar para as crianças, as maiores vítimas inocentes dos conflitos, e faz um apelo veemente para que cessem os conflitos:
“Nunca a guerra. Penso sobretudo nas crianças, das quais se tira a esperança de uma vida digna, de um futuro: crianças mortas, crianças feridas, crianças mutiladas, crianças órfãs, crianças que têm como brinquedos resíduos bélicos, crianças que não sabem sorrir. Parem, por favor! Vos peço de todo o coração. É hora de parar! Parem, por favor!”